Terminal de GNL será construído na Matola, Sul de Moçambique

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A Companhia de Gás da Matola (MGC), em parceria com a empresa francesa de petróleo e gás Total, garantiu a construção de um Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) no porto da Matola, no sul de Moçambique, em antecipação ao declínio da produção de gás dos campos terrestres de Pande e Temane, na província de Inhambane .

A empresa petroquímica sul-africana Sasol opera os campos de Pande e Temane. O gás é processado em Temane e um gasoduto de 865 quilómetros transporta-o até Secunda, na África do Sul. Um ramal transporta parte do gás para utilização pelas indústrias em Maputo e arredores.

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Fornecimento ininterrupto de gás para mais de 30 indústrias

A construção de um terminal de GNL visa garantir o fornecimento ininterrupto de gás a mais de 30 indústrias na área de Maputo/Matola, e futuramente a exportação para outros países da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral).

Inicialmente, o terminal receberá GNL do mercado internacional, mas posteriormente o GNL virá das reservas próprias de Moçambique na Bacia do Rovuma, no extremo norte do país. A Total é a operadora da Área Um da Bacia do Rovuma e lidera o consórcio que irá produzir GNL nas fábricas construídas na península de Afungi, no distrito de Palma.

O GNL da Bacia do Rovuma substituirá o gás de Pande e Temane, que entrará em declínio a partir de 2024, à medida que as reservas se esgotarem gradualmente.

A construção do terminal está prevista para começar no primeiro trimestre de 2021, com um investimento de 300 milhões de dólares. A iniciativa procura também antecipar estrategicamente o mercado regional, através da criação de infraestruturas de GNL, de forma a capitalizar oportunidades de negócio.