China iniciou a construção daquela que será a rede elétrica mais alta do mundo após a conclusão. O projecto teve início no dia 17 deste mês na área remota da Região Autónoma do Tibete, também conhecida como Região Autónoma de Xizang, mas normalmente chamada de Tibete ou Xizang, no sudoeste do país.
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Sobre o projeto
Apoiado em torres que se situam a uma altitude média de mais de 4,000 m, o projeto se estende por aproximadamente 1,700 km da cidade de Xigaze, na parte sul da região, através de terrenos extremamente perigosos, como o permafrost, terra de ninguém e pântanos, até a província de Ngari, em o extremo oeste.
O projeto é considerado muito difícil devido ao difícil ambiente de construção, às condições perigosas das estradas, ao fraco apoio logístico e aos rigorosos requisitos de proteção ambiental.
Um investimento total de cerca de 1.05 mil milhões de dólares foi reservado para a sua realização. A previsão é que venha a morar em 2021.
Objetivo do projeto
Ligando 10 condados tibetanos, o projecto deverá pôr fim aos dias em que a rede eléctrica da província de Ali estava isolada do resto da rede do Tibete, melhorando assim o fornecimento de energia na província.
Ajudará também na redução da pobreza no Tibete, que é uma das jurisdições provinciais mais pobres da China, com 30% dos seus habitantes sem acesso a um fornecimento estável de electricidade.
Desde 2016, a State Grid Corporation of China injectou aproximadamente 2.03 mil milhões de dólares na construção da rede eléctrica do Tibete, melhorando efectivamente o fornecimento de energia local. Pelo menos 70% dos tibetanos poderão ter acesso à electricidade até 2017 e o governo ainda pretende aumentar a percentagem para 97 até 2020.
Além disso, o projecto facilitará a transferência de energia limpa do Tibete, que o governo chinês vê como uma valiosa fonte de energia renovável, especialmente energia hidroeléctrica, para outras províncias e países do sul da Ásia.
