A reconstrução da rodovia BR-319 no Brasil causará mais danos do que benefícios

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Com o perigo atingindo seu momento essencial, a rodovia brasileira Manaus-Porto Velho, ou a reconstrução da rodovia BR-319, juntamente com seus outros projetos afiliados, ainda não foram executados. 

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNIT), formado o grupo de trabalho BR-319 (GT) em novembro de 2023. O grupo foi formado para analisar as medidas adequadas que tornariam o empreendimento da rodovia BR-319 ambientalmente sustentável. 

O projeto foi incluído no Plano de Desenvolvimento Regional da Amazônia (PRDA), prevista para ocorrer de 2024 a 2027, em dezembro de 2023. Um projeto de lei que aceleraria a medida, o que pressionaria IBAMA (agência licenciadora) para sancionar a reconstrução do projeto BR-319, foi promovido pela Câmara dos Deputados. O projeto também permitiu que o IBAMA oferecesse a diretriz para o governo fornecer recursos. 

O principal motor da reconstrução da rodovia BR-319

De acordo com Ministério do transporte Pelas declarações do secretário executivo feitas em janeiro de 2024, o presidente Lula se dedica à reconstrução da rodovia BR-319. A expectativa é que o relatório final do BR-319 GT seja divulgado em breve.

O secretário-executivo disse que o principal objetivo do relatório do GT é buscar formas de regularização do licenciamento ambiental. Após a proposta das medidas de mitigação, não havia nenhum plano para o grupo de trabalho fornecer uma análise neutra que respondesse se o projecto deveria ser realizado e respondesse à pergunta sobre se o impacto seria justificado. 

Espera-se que mesmo grandes áreas localizadas longe da estrada sejam fortemente impactadas. 

Mapa mostrando a rodovia BR-319.

Os impactos não fazem parte das discussões existentes organizadas pelo DNIT. Como resultado, não são considerados na Avaliação de Impacto Ambiental. Atualmente um dos focos de desmatamento na Amazônia, a rodovia BR-319 traria pecuaristas, agricultores, grileiros e madeireiros para Região AMACRO

As áreas ligadas a Manaus por meio de estradas, bem como as áreas que as estradas planejadas abririam para conectar à BR-319, como a AM-366, veriam a disseminação desses atores. Roraima, com dois controles ambientais, está entre as áreas que deverão receber esses desmatadores. A região Trans-Purus também deverá ser inaugurada pela AM-366. A região é famosa por sua vasta área coberta por mata, no oeste do Amazonas.

Quem aprovará a construção das estradas vicinais?

Além disso, fazem parte do impacto do projeto BR-319, as estradas vicinais que ligarão à BR-319, por exemplo, AM-366. Uma agência ambiental do estado do Amazonas mais flexível aprovaria essas estradas vicinais. Isso porque serão rodovias estaduais, escapando do licenciamento federal. 

Isso significa que eles terão menos proteção, já que o governador tem o poder de ordenar que a agência aprove efetivamente tudo o que ele quiser.

A criação de unidades de conservação era um dos temas debatidos. Diz-se que todas as terras florestais públicas não designadas devem ser tomadas como propriedade privada. Além disso, esses bens não designados deveriam ser transformados em unidades de conservação ou terras indígenas. 

A rodovia BR-319 foi declarada pelo Ministro dos Transportes como a rodovia mais sustentável e verde em agosto de 2023.

Porém, os impactos negativos que seriam trazidos pela reconstrução da rodovia BR-319 seriam enormes. Diz-se que nem o governo brasileiro terá capacidade para contê-los. O sustento da cidade de São Paulo está entre os riscos do projeto. Isto colocará em risco os interesses mais básicos do país.

Perigo iminente para o meio ambiente

A BR-319 e seus projetos AM-366, AM-343 ameaçam a floresta na região Trans-Purus. A floresta ao redor desta região é São Paulo, principal fonte de água. É importante preservar a floresta ao redor do projeto da BR-319 para evitar que o aquecimento global ultrapasse o ponto crítico. Não fazer isso pode ser catastrófico para o país. 

Afirma-se também que a reconstrução da rodovia BR-319 é ​​o único projeto no Brasil que carece de Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA).

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