A ONU concede aprovação para construção do projeto Batoka Gorge de US$ 5 bilhões

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A autorização para a construção do projeto Batoka Gorge de uma barragem hidrelétrica de US$ 5 bilhões a jusante do UNESCO Património Mundial, Victoria Falls, foi concedido pelas Nações Unidas, conforme confirmado pela entidade supervisora ​​responsável pelo seu progresso.

Ativistas ambientais expressaram objeções ao projeto Batoka Gorge, situado a 47 quilómetros (29 milhas) da maior cascata do mundo. Estão preocupados com o seu potencial impacto na cascata, uma atração turística muito frequentada em ambos os países.

Munyaradzi Munodawafa, CEO da Autoridade do Rio Zambeze, destacou que, em resposta às preocupações levantadas por certos ambientalistas sobre o impacto potencial do projecto Batoka nas Cataratas Vitória, a Unesco enviou inspectores em 2022. Após a análise dos relatórios e apresentações, chegou-se a um consenso foi alcançado durante uma reunião do Comité do Património Mundial realizada no mês passado, onde foi acordado que o projecto Batoka poderia prosseguir conforme planeado.

Geração de energia projetada do projeto Batoka Gorge

De acordo com um relatório da organização de notícias americana Bloomberg, o início da construção da barragem de 2,400 megawatts e 181 metros (594 pés) de altura e usinas de energia associadas, liderada por um consórcio com a General Electric Co. Corp., estava inicialmente previsto para 2020. No entanto, devido ao surto de Covid-19 e aos desafios financeiros, esse cronograma foi adiado.

Tanto a Zâmbia como o Zimbabué, que já exploram conjuntamente o complexo hidroeléctrico de Kariba, mais a leste, ao longo do Rio Zambeze, encontraram ocasionalmente dificuldades em satisfazer as suas necessidades de electricidade.

Munyaradzi Munodawafa afirmou: “Agora estamos numa posição favorável. Estamos em terreno firme e até o final do mês seguinte terei uma data de início definida.”

O Banco Africano de Desenvolvimento desempenha um papel fundamental na organização das finanças do projecto Batoka. Esta iniciativa foi concebida como um projeto a fio d’água, o que significa que envolve um armazenamento mínimo de água atrás das turbinas, o que ajuda a mitigar o impacto nas Cataratas Vitória.

Persistem divergências entre a Zâmbia e o Zimbabué relativamente à construção do projecto Batoka Gorge, no valor de 5 mil milhões de dólares. O Ministro da Energia da Zâmbia, Peter Kapala, manifestou preocupações em Junho, citando que o acordo com a General Electric (GE) e a Power Construction era excessivamente dispendioso. Ele sugeriu que uma fábrica menor poderia ser uma alternativa mais aceitável.

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