A construção do projecto hidroeléctrico Nachtigal, de 420 MW, nos Camarões, ultrapassa um marco importante com o enchimento do reservatório. Gaston Eloundou Essomba, Ministro das Águas e Energia do país, fechou as válvulas da barragem, marcando oficialmente o seu represamento.
As principais obras civis estão a ser executadas pela empresa belga BESIX, NGE Contracting da França e Marrocos SGTM, e atingiram 87% de conclusão em junho. O reservatório irá gerar energia elétrica por meio de uma usina equipada com seis turbinas de 60 MW cada, totalizando 420 MW. Nachtigal será o maior projecto hidroeléctrico dos Camarões quando concluído em 2024, capaz de gerar 30% da electricidade do país da África Central. O projeto é uma parceria público-privada (PPP) que entrou em fase de construção em 2019. O Projeto Hidrelétrico de Nachtigal é o próximo passo na busca do governo para fornecer mais eletricidade aos seus cidadãos.
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Custo do projeto hidrelétrico de Nachtigal
O custo total do projeto deverá ser de 1.2 mil milhões de euros. Empréstimos de 15 organizações financeiras de desenvolvimento financiam 76% do projecto, incluindo a AFD. Assim como BAD, IFC, BEI, Investimento Internacional Britânico (BII) e o Fundo da Opep para o Desenvolvimento Internacional (OFID). Quando concluído, fornecerá 30% da procura de energia dos Camarões. A Nachtigal Hydro Power Company (NHPC) está desenvolvendo o projeto de energia independente sob uma concessão de 35 anos.
A barragem no rio Sanaga, 70 quilómetros a nordeste de Yaoundé, tem 1.5 quilómetros de comprimento. E 14 metros de altura, com canal headrace de 3.3 quilômetros. Além disso, já foi construída uma linha de transmissão de energia com 50 quilômetros de extensão para conectar a usina à rede.
Além disso, o projecto hidroeléctrico de Nachtigal é uma das raras parcerias público-privadas (PPP) na energia hidroeléctrica da África Subsariana. As PPP são uma estratégia de financiamento que se alinha com o foco do Banco Mundial na Maximização do Financiamento para o Desenvolvimento (MFD), na alavancagem do sector privado e na optimização da utilização de recursos públicos finitos.
